“Ôrra meu!!!” | No museu, as Mulheres cantam, encantam e celebram Rita Lee Jones

Na cidade azul e terra dos Indaiás, acompanhadas pela Orquestra Filarmônica de Rio Claro, as Mulheres cantaram, encantaram e celebraram a rebeldia, sensualidade, romantismo, feminilidade e feminismo da rainha do rock tupiniquim Rita Lee Jones,

Feliz, porque sementes que ajudei a plantar e a regar, são hoje arvores frondosas, cujos frutos são notas musicais e vozes maviosas, que alimentam nossos corações e nos trazem esperança.

A lua cheia ilumina o velho/novo Casarão do Colonial Barão…No jardim, o Metálico Leão Alado testemunha a pioneira genialidade da obra do amigo e companheiro de luta Hélio Jorge dos Santos.

Finda hoje o verão, daqui a pouco registra um calendário climático superado que não nos serve mais, inicia o outono.

A realidade é outra e ao climático calor, soma-se o calor humano do público, multiplicado pela poderosa energia emanada do palco, pelo qual desfilam mais de uma de dezena de Ritas Lee.

Ritas rebeldes, românticas, sensuais, femininas e feministas. Todas donas de si e de suas vozes maravilhosas…

Várias Ritas. Várias vozes, timbres e tons juntas para cantar e celebrar a voz de uma única Rita. Voz poderosa, rebelde, perigosa… Dona única de uma voz única.

Voz de roqueira, da primeira e única rainha do rock brasileiro… Voz as vezes, rouca…as vezes, cálida…mas sempre clara e única…voz de mulher…

Sob a lua, vibram as cordas dos violinos, violas e violoncelos, comandadas pelo maestro Fábio Engle e por Jonas Moncaio, enchendo o ar de emoções, embalando os sonhos das centenas de corações presentes…

Da cozinha, emanaram os triunfantes e apoteóticos sons do sopro mágico dos metais… Tudo muito bem temperado pelo ritmo forte e marcado da nova bateria galaquitica pilotada pelo meu malvado favorito William Nagib, acompanhado pelos requintados sons percutivos de dú barsotti

Finalizando o refinado prato, nada melhor do que acrescentar um gostinho de cereja, agridoce e apimentada, dos emotivos, cortantes e agudos acordes e solos dos penetrantes sons arrancados da guitarra por Aquiles Faneco

Como sempre, harmonizando tudo e todos, a batuta do chief, maestro luciano….

Como prazer pouco é bobagem, foi ainda uma noite de emotivos reencontros, como os que desfrutei ao abraçar amigos que a muito não via, como por exemplo, o Marcelo Fiorio e esposa, o João Zaine, e, especialmente, a Ligia e a Fernanda Padula, que aliás, pra quem sabe, são parentes da rita única…que veio do interior, da vizinha Americana

Assim foi a noite deste sábado 19 de março de 2022, para mim, o showsaço promovido pela Orquestra Filarmônica de Rio Claro, no teatro de arena do restaurado Museu Histórico Amador Bueno da Veiga, caiu um prazeroso presente antecipado pelos meus 63 anos de vida, que espero comemorar antes que as águas de março talvez se normalizem e encerrem este hoje eterno verão…

Enfim, chique no úrtimo… Acho que a Rita única precisa urgentemente assistir este show…

EM TEMPO / Para quem perdeu o show de ontem, hoje, a partir das 19h30 haverá uma nova chance de curti-lo. Ah e para quem, como eu, curtiu muito, hoje é permitido bizar

Já para os impedidos de ir ao museu, aos não locais e aos amigos espalhados pelo planeta, cliquem no vídeo abaixo para acessar a gravação do show de ontem….

PeEsses

PS/ Ei Nagib, “Ôrra meu!!!”, agora a batera é intergalática…”
PS1 / E não é que filha canta tanto quanto a mãe”Ôrra meu!!!”
PS2 / Um toque para os organizadores, comerciantes da região reclamaram da concorrência desleal das barraquinhas e, muitos motoristas, do fechamento da rua 7.

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